Teresa Summavielle, investigadora em neurobiologia do IBMC, explica que as pastilhas de ecstasy não são todas iguais. As drogas de rua têm habitualmente outras drogas misturadas com o MDMA (composto químico a que se chama de ecstasy) e nem sempre têm a mesma dose de droga.

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Attila Köfalvi, investigador do Centro de Neurociência de Coimbra, explica que não há dados que demonstrem que a cannabis causa infertilidade. Explica, contudo, que os receptores de cannabinóides têm alta densidade nos orgãos reprodutores e, como tal, um papel importante na implantação do embrião no útero e na mobilidade do esperma.

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O ecstasy pode causar a morte. Embora não por overdose, o ecstasy mata por hipotermia e hiponatremia, isto é, por aumento de temperatura corporal e /ou por falha cardíaca por consumo excessivo de água. Por isso quem consome ecstasy não deve álcool nem muita água, mas optar por manter-se hidratado com sumos de fruto e bebidas energéticas, em locais frescos e deve evitar fazer exercício físico.

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Não há sinais que indiquem um consumo ocasional de drogas. O consumo problemático nota-se na medida em que a droga interfere cada vez mais esferas da vida do individuo.

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O consumo de algumas drogas pode, no imediato, aumentar o desejo sexual, mas acabará por afectar o desejo sexual, uma vez que altera o a dopamina e a serotonina no cérebro. O consumo de drogas irá também aumentar os comportamentos de risco e drogas como cocaína e metanfetamina podem a longo prazo causar impotência.

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Existem factores genéticos que vão em parte determinar se o consumidor de droga se torna dependente ou não. No entanto, a genética não é tudo e o ambiente, o contexto e as decisões do individuo vão ter um papel fundamental.

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Não há medicamentos para o tratamento da dependência de ecstasy e cocaína. Algumas substâncias estão a ser testadas e há sempre a intervenção psicológica.

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Attila Kofalvi, investigador do Centro de Neurociências de Coimbra e autor do livro Cannabinoids and the Brain,explica que os receptores de cannabinóides têm uma acção fundamental na migração das células cerebrais e na maturação dos neurónios e que interferir com esses receptores, durante o periodo de desenvolvimento, pode ter muitos efeitos perversos.

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Nem todos os consumidores de cannabis irão consumir cocaína e/ ou heroína, mas quase todos os consumidores de heroína/ cocaína começaram por drogas como a cannabis.

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Um grupo de neurocientistas explica o conceito de memória das drogas. Uma série de mecanismo cerebrais ficam afectados com o consumo de drogas, de tal modo que o ex-toxicodependente sentirá um impulso muito forte para o consumo sempre que estiver perante uma situação que o lembre da droga.

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O consumo de drogas provoca danos no cérebro. Mas pode o toxicodependente recuperar? Vários neurocientistas explicam que é possível recuperar, mas não totalmente. O grau de recuperação depende da extensão do dano, da idade em que consumiu e em que parou e dos estímulos recebidos durante o período de recuperação.

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É muito difícil, senão impossível, estabelecer uma escala de perigosidade entre drogas. A perigosidade depende sempre do uso que se faz da droga. Entre o ecstasy e cocaína também é difícil estabelecer comparações, o ecstasy parece ter mais danos no cérebro e a cocaína no coração e na circulação sanguínea, por ser muito vasoconstritora.

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Não há um tempo certo, nem um número de doses pré-definidas até que o consumidor de droga se torne dependente. Ficar ou não dependente depende da droga, da dose e do indivíduo.

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A psicóloga e investigadora Maria do Carmo Carvalho explica que o modo de ajudar alguém a passar por uma má experiência relacionada com o consumo de drogas está dependente da droga em questão. O principal é garantir que a pessoas está fisicamente bem e logo de seguida tentar dar-lhe suporte emocional.

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Os efeitos no feto são diferentes de droga para droga. Drogas como a cocaína têm mais efeitos no aporte de sangue e nutrientes ao feto do que directamente no cérebro, outras, no entanto danificam muito gravemente o cérebro, como é o caso do álcool. A profundidade dos danos, principalmente cerebrais, vai depender também do modo como a criança é estimulada na infância, uma vez que o cérebro ainda tem grande plasticidade. No entanto, alguns danos serão irreversíveis.

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Neurocientistas e psicólogos falam sobre o conceito de dependência e explicam os fenómenos que levam a que um cérebro saudável se torne num cérebro dependente. Com este vídeo podes perceber um pouco melhor o que é o sistema de recompensa e o modo como o consumo de droga altera o funcionamento do cérebro e a capacidade de tomar decisões.

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Antes de mais devemos evitar olhar para as drogas de um ponto de vista moralista. Se falamos dos perigos para a saúde, todas são perigosas quando mal usadas, nomeadamente para fins recreativos. Muitas das drogas de abuso podem ser usadas para fins médicos e por isso podem ter usos justificados e até benéficos, se bem controlados.

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A maioria dos consumidores de droga pratica policonsumo, ou seja, toma várias drogas diferentes. Segundo Teresa Summavielle, investigadora do IBMC, certas misturas podem ter um forte impacto no coração, mas também agravar o impacto do consumo em órgãos como os rins e os pulmões.

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